Mesmo quem não trabalha com comunicação já se viu participando de alguma gravação, seja no trabalho, em alguma reportagem ou até para redes sociais. Para algumas pessoas isso pode ser um desafio e tanto! Principalmente para os mais tímidos. Por isso preparamos algumas dicas que podem te ajudar na hora encarar a câmera.

Pesquisa

Conhecer a fundo o assunto que será abordado é extremamente importante, ainda que o vídeo não entre nos mínimos detalhes. Procure novidades sobre o tema, fontes confiáveis, números, dados relevantes e saber o contexto, o formato e o público-alvo, assim você vai entender quais informações você terá que transmitir e a melhor maneira de se preparar. Você também tem que estar pronto para responder perguntas. Quanto mais você souber mais vai estar confiante na hora da gravação e mais credibilidade a sua fala terá.

Roteiro

Após a pesquisa você terá um monte de informações e elaborar um roteiro vai te ajudar a organizar as ideias. Em muitos casos não é preciso escrever palavra por palavra e decorar todo o texto, isso além de ser difícil vai reduzir muito a autenticidade da sua fala.

Um roteiro em tópicos destacando palavras-chave pode ser uma alternativa melhor, assim você garante que não está esquecendo de nada e que também não vai fugir do assunto principal. Durante a gravação podem surgir palavras e expressões que se encaixarão naturalmente na sua fala, portanto não tenha medo de improvisar!

Postura

Nossa postura também é uma ferramenta poderosa de comunicação, ela também transmite uma mensagem e adequá-la para o vídeo é fundamental. Preste atenção na sua gesticulação, algumas pessoas tendem a “falar com as mãos” e outras congelam os braços no tronco. O meio termo é o ideal, use a suas mãos para complementar a sua fala, mas não exagere. Prefira movimentos mais fluidos e não muito rápidos.

Outro ponto importante é o seu olhar. Se você está com mais alguém no vídeo, como em um talk-show ou reportagem, procure olhar nos olhos da outra pessoa. Agora, se você vai aparecer sozinho e sua fala é direcionada para o espectador, o seu foco vai ser a câmera, nesse caso olhe diretamente para a lente.

Se tiver alguma dúvida converse com o diretor e a equipe de filmagem!

Ritmo e entonação

A linguagem que usamos no vídeo é um pouco diferente da que usamos para conversar no dia a dia. Precisamos fazer algumas adaptações já que o espectador não está presente para perceber nossas expressões e gestos. Um erro muito comum é falar rápido, além da sua pronúncia não sair perfeita com uma fala mais acelerada, alguns espectadores vão ter dificuldade em entender o que você está falando e acompanhar o seu raciocínio. O oposto também é ruim, não estique demais as palavras e não faça pausas muito longas, isso acaba tirando a atenção de quem está assistindo. Novamente, o meio termo é o caminho mais adequado.

Preste atenção também no volume da sua voz, você não precisa gritar, mas alguns microfones vão precisar que você fale um pouco mais alto para que a captação fique boa.

Relaxe!

Talvez essa seja a dica mais importante. Se você se preparou e sabe o que vai falar, não tem motivos para ficar nervoso! Mas se mesmo assim a ansiedade for um problema, respire fundo, beba um copo de água e feche os olhos por alguns instantes, essa é uma boa maneira de dizer para o seu corpo que está tudo bem.

Na maior parte das gravações você vai ter que refazer o mesmo trecho. Não se preocupe em acertar tudo de primeira! Até os melhores atores repetem o mesmo take várias e várias vezes… Gaguejar, engasgar, errar a pronúncia ou esquecer a fala também faz parte da gravação e você sempre pode recomeçar.

Por via de regra, as primeiras tentativas não dão muito certo, mas conforme a gravação vai avançando você vai ficar mais à vontade e “aquecido”. A partir daí vai ficar mais fácil e seus takes vão ficar melhores. Falar para câmera é uma atividade como qualquer outra que precisa de treino e com o tempo tudo vai ficando mais simples. Não esqueça, a equipe vai estar lá para te ajudar, faz parte do trabalho deles te orientar. Não precisa ter vergonha!

Por Daniel Jardim